segunda-feira, 30 de novembro de 2009

ESBOÇO DO BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER

Outro dia precisei apresentar um "Esboço do Breve Catecismo" e procurei na internet, abri várias páginas, mas nada de esboço! Então, nesses dias, O meu professor de história da Igreja (Rev. Maely Vilela) apresentou em aula um esboço fácil de lembrar e bem prático. Então resolvi compartilhar com vocês, leitores, para que não tenham a mesma decepção que tive na minha pesquisa.  (Em breve colocarei o Esboço da Bíblia de Estudo de Genebra. Aguardem!)


Breve Esboço do Catecismo Menor de Westminster.

O Breve Catecismo: possui 107 perguntas e respostas, sintetizando os pontos mais importantes 
dos documentos Maiores de Westminster. Inclui uma abordagem detalhada dos Dez Mandamentos (perguntas 41-81).

1ª Parte – Perguntas de 1 a 3

§         O Fim Principal do Homem
§         A Palavra de Deus

2ª Parte – Perguntas de 4 a 38
§         O Que o Homem Deve Crer Acerca de Deus
§         (CRENDENDA)

3ª Parte – Perguntas de 39 a 81
§         O que Deus Requer do Homem?
§         Obediência a sua Vontade Revelada.
§         (AGENDA) - ênfase na Lei Moral

4ª Parte – Perguntas de 82 a 104

§         O Caminho da Vida Cristã - Ênfase nos Meio de Graça.

domingo, 29 de novembro de 2009

A Condição Original do Homem como a Imagem de Deus.

É muito estreita a conexão existente entre a imagem de Deus e o estado original do homem
e, por isso ambos são geralmente considerados juntos. Uma vez mais teremos que distinguir
entre diferentes conceitos históricos da condição original do homem.

1. O CONCEITO PROTESTANTE.
Os protestantes ensinam que o homem foi criado num estado de relativa perfeição,
um estado de justiça e santidade. Não significa que ele já tinha alcançado o
mais elevado estado de excelência de que era suscetível. Geralmente se admite que
ele estava destinado a alcançar um grau mais elevado de perfeição pela obediência. Um tanto
semelhante a uma criança, era perfeito em suas partes, não porém em grau. Sua condição era
preliminar e temporária, podendo levar a maior perfeição e glória ou acabar numa queda. Foi por
natureza dotado daquela justiça original que é a glória máxima da imagem de Deus e,
conseqüentemente, vivia num estado de santidade positiva. A perda daquela justiça significaria a
perda de uma coisa que pertencia à própria natureza do homem em seu estado ideal. O homem
podia perdê-la e ainda continuar sendo homem, mas podia não perdê-la e continuar sendo o
homem no sentido ideal da palavra. Noutras palavras, sua perda significaria realmente uma
deterioração e um enfraquecimento da natureza humana. Além disso, o homem foi criado imortal.
Isto se aplica não à alma somente, mas a toda a pessoa do homem; e, portanto, não significa
apenas que a alma estava destinada a ter existência permanente. Tampouco significa que o
homem foi elevado acima da possibilidade de ser presa de morte; isto só se pode afirmar sobre os
anjos e os santos que estão no céu. Significa, porém, que o homem, como criado por Deus, não
levava dentro de si as sementes da morte e não teria morrido necessariamente em virtude da
constituição original da sua natureza. Embora não estivesse excluída a possibilidade de vir a ser
vítima da morte, não estava sujeito à morte, enquanto não pecasse. Deve-se ter em mente que a
imortalidade original do homem não era uma coisa puramente negativa e física, mas era também
uma coisa positiva e espiritual. Significava vida em comunhão com Deus e o gozo do favor do
Altíssimo. Esta é a concepção fundamental da vida, segundo a Escritura, assim como a morte é
primariamente a separação de Deus e a sujeição à Sua ira. A perda dessa vida espiritual daria
lugar à morte, e redundaria também na morte física.

Fonte: Teologia Sistemática - Louis Berkhof

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A Existência de Deus

A GRANDE PRESSUPOSIÇÃO

Para nós a existência de Deus é a grande pressuposição da teologia. Não há sentido em
falar-se do conhecimento de Deus, se não se admite que Deus existe. A pressuposição da
teologia cristã é um tipo muito definido. A suposição não é apenas de que há alguma coisa,
alguma idéia ou ideal, algum poder ou tendência com propósito, a que se possa aplicar o nome de
Deus, mas que há um ser pessoal auto-consciente, auto-existente, que é a origem de todas as
coisas e que transcende a criação inteira, mas ao mesmo tempo é imanente em cada parte da
criação. Pode-se levantar a questão se esta suposição é razoável, questão que pode ser
respondida na afirmativa. Não significa, contudo, que a existência de Deus é passível de uma
demonstração lógica que não deixa lugar nenhum para dúvida; mas significa, sim, que, embora
verdade da existência de Deus seja aceita pela fé, esta fé, se baseia numa informação confiável.
Embora a teologia reformada considere a existência de Deus como pressuposição inteiramente
razoável, não se arroga a capacidade de demonstrar isto por meio de uma argumentação
racional.


Fonte: Teologia Sistemática de Louis Berkhof

Teologia! Breves Palavras

TEOLOGIA
A reflexão teológica é a atividade mais importante que um ser humano pode realizar.
Essa declaração pode surpreender alguns leitores, mas uma explicação do significado e
das implicações do empreendimento teológico fornecerá justificativa para uma tal
reivindicação. Consideraremos a natureza, a possibilidade e a necessidade desse campo
de estudo nas várias páginas seguintes.

A NATUREZA DA TEOLOGIA
A palavra TEOLOGIA refere-se ao estudo de Deus. Quando usada num sentido mais
amplo, a palavra pode incluir todas as outras doutrinas reveladas na Escritura. Ora, Deus
é o supremo ser que criou e até agora sustenta tudo o que existe, e a teologia procura
entender e articular, de uma maneira sistemática, a informação por ele revelada a nós.
Assim, a teologia se preocupa com a realidade última. Visto que é o estudo da realidade
última, nada é mais importante. Porque contempla e discuta essa realidade, ela,
conseqüentemente, define e governa cada área da vida e do pensamento. Portanto, assim
como Deus é o ser ou realidade última, a reflexão teológica é a atividade humana
última.

Muitos advertem contra estudar teologia para o próprio bem dessa. O espírito antiintelectual
dessa geração tem se infiltrado de tal maneira na igreja, que eles recusam a
crer que alguma atividade intelectual possua valor intrínseco. Para eles, até mesmo
conhecer a Deus deve servir para um propósito maior, provavelmente pragmático ou
ético. Embora o conhecimento de Deus deva afetar a conduta de alguém, é, contudo, um
engano pensar que o empreendimento intelectual da teologia sirva a um propósito que
seja maior do que ela mesma. Os cristãos devem afirmar que, visto que estudar teologia
é conhecer a Deus, e esse é o maior propósito do homem, a teologia, portanto, possui
um valor intrínseco. Jeremias 9:23-24 diz:
Assim diz o Senhor: “Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua
força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em
compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor e ajo com lealdade, com
justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado”, declara
o Senhor.
Não há finalidade maior a que o conhecimento de Deus pretende alcançar, e não há
propósito maior para o homem senão o de que conhecer a Deus. O conhecimento
teológico produz demandas morais e outros efeitos na vida de uma pessoa, mas essas
não são propósitos maiores do que a tarefa teológica de conhecer a revelação verbal de
Deus.

Fonte: Teologia Sistemática de Vincent Cheung.