quinta-feira, 25 de junho de 2009

A ciência e a religião


Chefe do Projeto Genoma, criado para mapear o código genético dos seres vivos, o biólogo e médico norte-americano Francis Collins é um dos mais conceituados pesquisadores do mundo. Ele gerou polêmica na comunidade científica ao defender que Deus existe. Collins descreveu em seu livro "A linguagem de Deus" a própria luta interior dele – passou de ateu a cristão ao concluir seu doutorado, já na idade adulta, descobrindo que é possível compreender as verdades científicas sobre o universo e a vida e, ao mesmo tempo, viver a crença em Deus.

Collins descobriu a fé de uma maneira bastante diferente da maioria das pessoas.

Ao estudar medicina, começou a atentar para a incrível força espiritual das pessoas com uma crença mesmo nas piores tragédias. Foi, então, que ele percebeu que tinha abertura de pensamento com relação à ciência, mas era fechado para os assuntos relativos à fé, negando-se a avaliar as evidências contra ou a favor da crença em Deus. Para ele, essa é uma atitude indigna de um verdadeiro cientista, embora muito comum.

Mas, foi ao ler o romancista norte-irlandês C. S. Lewis que ele sentiu-se tocado, uma vez que Lewis defende que a moral é obra de Deus. Para o escritor, não há outra explicação para a busca humana pela maneira correta de se viver, mesmo em detrimento do próprio bem-estar, a não ser o fato de Deus tocar no coração dos homens.

Para Collins, as leis do universo, finamente ajustadas a favor da vida, são obra-prima de uma inteligência divina, tese também defendida por Albert Einstein (1979–1955), o célebre autor da Teoria da Relatividade e ganhador do Prêmio Nobel de Física, de 1921, considerado um dos maiores gênios da ciência de todos os tempos.

O físico chegou a ser tido como ateu, já que frases ditas por ele contra o fundamentalismo religioso foram mal interpretadas. "Não há oposição entre a ciência e a religião. Apenas há cientistas atrasados que professam ideias que datam de 1880", chegou a dizer Einstein, explicando que não era ateu.

Clarisse Werneck

Isaac Newton estudava a Bíblia

Isaac Newton (1643-1727) é considerado o pai da Física moderna e formulou a lei da gravidade, entre outras realizações científicas. Porém, uma faceta da biografia do cientista, até então desconhecida do grande público, veio à tona recentemente: durante sua maturidade, Newton passou a maior parte do tempo dedicado a um estudo detalhado do livro de Daniel e do Apocalipse, na Bíblia. Para o cientista, os textos eram a chave para desvendar o que aconteceria no final dos tempos.

Ele chegou a redigir a obra “As profecias do Apocalipse e o livro de Daniel”, traduzido para o Português, recentemente, mas seus manuscritos sobre o tema chegam a 4 mil páginas.

Fonte: folha.arcauniversal.com.br